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QUATRO ANOS DEPOIS, O QUE MUDOU?

Em 11.12.2008, um grupo de grandes bancos, em conjunto com o The Climate Group, lançaram o primeiro código de boas práticas para guiar as empresas que desejarem se engajar na luta contra as mudanças climáticas. As instituições que assumissem os chamados Princípios Climáticos teriam que considerar o impacto das suas decisões de investimentos e dos seus serviços sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Crédit Agricole, HSBC, Munich Re, Standard Chartered e Swiss Re, algumas das maiores instituições financeiras do mundo, foram as primeiras a se comprometer, podendo agora se recusar a oferecer financiamento para projetos que não revelarem as emissões de CO2.
A atual instabilidade global reforçou o fato que problemas globais necessitam soluções globais. O reconhecimento antecipado dos riscos e oportunidades das mudanças climáticas é essencial para o sucesso futuro do setor”, esclareceu o CEO do The Climate Group, Steve Howard, quanto aos objetivos do código.
As empresas que buscarem financiamentos nos bancos comprometidos com os Princípios Climáticos teriam que revelar as emissões que produzem e buscar maneiras de reduzí-las ou compensá-las sempre que possível.
Mais investimentos em tecnologias limpas
Os bancos também concordaram em maximizar financiamentos para tecnologias com baixas emissões de CO2 e em melhorar a capacitação para o apoio ao comércio de emissões, derivativos climáticos, créditos de energias renováveis e outras commodities relacionadas com o clima.
Os derivativos climáticos são instrumentos financeiros que podem ser utilizados por organizações ou indivíduos como parte de uma estratégia de gerenciamento de risco com o objetivo de reduzir as ameaças associadas às condições climáticas adversas ou inesperadas. As seguradoras terão que oferecer conselhos sobre mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
De acordo com o The Indian Times, os Princípios Climáticos não guiariam apenas os compromissos operacionais de redução das emissões de gases do efeito estufa, mas deveriam fornecer um direcionamento estratégico para toda a gama de produtos e serviços financeiros incluindo pesquisas, gerenciamento de ativos, atividades de bancos corporativos, de investimentos e de varejo, seguros, e financiamento de projetos.
Os princípios são voluntários, mas as empresas que se comprometessem teriam que publicar um relatório anual entregue a um comitê que seria responsável por avaliar a compatibilidade com o código de boas práticas.
Os Princípios Climáticos auxiliarão as instituições financeiras globais na redução dos riscos climáticos, sendo eles físicos, regulatórios, comerciais ou reputacionais, e ajudarão os clientes a prosperar com novas oportunidades de investimentos e fontes de crescimento, que conduzirão a transição para uma economia de baixas emissões de carbono”, salientou Nicolas Stern, economista ex-chefe do Banco Mundial que publicou o famoso relatório homônimo. Dúvidas
A revista online Ethical Corporation questionou o fato de apenas cinco empresas terem se comprometido com os princípios, que, segundo a publicação, estariam longe de ser exigentes; o que levanta a dúvida sobre a disposição dos bancos para financiar a transição para uma economia de baixas emissões de carbono. Outra dúvida é qual seria a prioridade dos bancos em um momento em que o foco era a sobrevivência à crise. No dia 10.12.2008, por exemplo, o HSBC anunciou o corte de 500 postos de trabalho no Reino Unido. “É um começo, nada mais”, ressalta o blog de tecnologias limpas Greenbang, alegando que apesar das boas intenções, há uma real falta de metas e detalhes sobre o nível de investimentos que os bancos estão preparados para fazer em apoio a tudo isso.
O Climate Group é uma organização independente que auxilia governos e empresas a desenvolver soluções para as mudanças climáticas e para uma economia com baixas emissões de carbono.

Fonte: CarbonoBrasil

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