Que em 2011 o Brasil detinha entre 15% e 20% da biodiversidade mundial e
que essa é a maior riqueza real, concreta, do planeta (medicamentos, alimentos,
materiais) segundo o conceituado biólogo Thomas Lovejoy (Folha de S.Paulo,
14/8).
Que segundo o conceituado biólogo Thomas Lovejoy (Folha de S.Paulo,
14/8), após dez anos, o cálculo que se faz é de que 18% da floresta já tenha
desaparecido e que se chegar a 20% pode haver "uma inflexão".
Que segundo o conceituado biólogo Thomas Lovejoy (Folha de S.Paulo,
14/8) poderá haver mudanças fortes no regime de chuvas, afetando também Mato
Grosso, o sul do País, até a Argentina.
Que segundo o professor Paulo Moutinho, da Universidade Federal do Pará,
lembra que "as florestas tropicais são o ar-condicionado do planeta"
(Eco 21, julho 2011).
Que o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos tem um estudo,
segundo o qual "a miséria está transformando a Amazônia numa
das principais rotas do tráfico internacional de armas e drogas"
(Estado, 1.º/9).
Que a presidente Dilma autorizou a redução da área de parques e reservas
para permitir discutíveis obras de hidrelétricas na região - que nem sequer
terão como principal mercado os Estados do bioma amazônia: só 3,2% da energia
de Belo Monte será consumida pelos paraenses e 4,1% pela Amazônia; 70% ficará
para concessionárias de São Paulo e Minas, 14% para a Bahia (Diário do Pará,
31/8).
Que em face nas obras de hidrelétricas, nos linhões de transmissão a
serem instalados, uma rede perde 17% e, segundo o presidente da Associação
Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, será preciso que toda a rede
seja trocada. Isto, devido a necessidade de resistir a ventos de até 80
quilômetros por hora.
Que as pastagens no bioma amazônia respondem pela ocupação de 62% das
áreas de desmatamento medidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Estado, 3/9).
Que segundo o conceituado biólogo Thomas Lovejoy (Folha de S.Paulo,
14/8) o comércio mundial de medicamentos derivados de plantas movimenta pelo
menos US$ 250 bilhões anuais - e o Brasil nem sequer participa dele, porque não
destina verbas suficientes para pesquisas, como recomenda a Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência.
Que num momento em que o mundo agoniza com a chamada crise da água,
cientistas descobriram a quatro
quilômetros de profundidade, sob o Rio Amazonas, outro rio, que corre de oeste
para leste em 6 mil quilômetros e desemboca perto da foz do grande rio (Estado,
25/8). Seu fluxo, de 3 mil metros cúbicos por segundo, é maior que o do Rio São
Francisco. Em pouco mais de 20 minutos poderia abastecer com 350 litros
(consumo diário) cada um dos 11,4 milhões de paulistanos. E isso num país que
já tem quase 13% de toda a água superficial do planeta, fora a dos aquíferos
subterrâneos.
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