Pular para o conteúdo principal

AULA DE DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL


Tema: A ORIGEM DA SEGURIDADE SOCIAL 
1 - Origem da Seguridade Social 
- O marco da normatização orgânica da seguridade social está na implantação do Plano Beveridge (antes e depois). 
1.1 - Na Antiguidade
 
- Os primeiros registros na história da proteção social surgiram no Oriente Médio com o Código de Hamurábi, na Babilônia, século XVIII a.C. e com o Código de Manu, na Índia, século II a.C., que continham preceitos de proteção aos trabalhadores e carentes.
- Em Roma não havia um sistema de seguridade social.
- As primeiras aposentadorias foram concedidas aos veteranos de guerra, em agradecimento.
- A forma de pagamento das aposentadorias → entrega de uma propriedade ou pagamento de uma renda vitalícia pelo Império. 
1.2 - Na Idade Média
 
- Instituição obrigatoriedade da participação no Custeio.
- Assistência aos pobres – realizada pela Igreja, com a ajuda financeira do Rei Carlos Magno.
- Revolução Industrial – destacou-se obra de assistência criada por Robert Owen[1]: 
Robert Owen nasceu no País de Gales em 1.772. Aos trinta anos era co-proprietário de importantes tecelagens em New-Lamarck na Escócia, e na sua própria indústria iniciou uma ação social e econômica propugnando junto ao governo as reformas que achava necessária, pois as condições de trabalho dos operários eram deploráveis, a jornada diária muito longa, a segurança e remuneração insuficiente, e a falta de conforto e higiene eram por sua vez outras questões graves a serem vencidas. Ele criou escolas para seus operários e seus filhos, reduziram a jornada de trabalho de 17 para 10 horas, não permitiu o trabalho aos menores de 10 anos, melhorou a alimentação e residência dos operários, criou refeitórios e cidades-jardins, organizou a assistência aos doentes e inválidos, tornando sua empresa um modelo, verdadeiro centro de peregrinação aristocrática, com repercussão em toda a Europa. Apesar dos esforços, pouco conseguiu junto ao governo em Londres, onde o Parlamento votou Lei de 1.819, fixando em 9 anos de idade a admissão de crianças ao trabalho e em 12 horas a duração máxima da jornada diária. 
- Edição da Poor Law Act[2]em 1388 a monarquia britânica institui a Leis dos Pobres (Poor Law Act), considerada como uma das primeiras políticas sociais implementadas no mundo. Aconteceu que, os pobres atendidos eram os andarilhos e o principal objetivo era inibir a “perambulância de pessoas em busca de melhores ocupações, ou a chamada „vagabundagem‟” e as possíveis “consequências negativas, para a ordem prevalecente, de uma pobreza não confinada territorialmente”.
- O atendimento realizado por meio da Poor Law Act era custeado através da arrecadação (obrigatória) da “Poor Tax”, sendo que a responsabilidade na organização e execução da Poor Law Act era da Igreja. 
- Em 1834 houve a edição da Lei Revisora dos Pobres (Poor Law Amendment Act), a qual tornou mais seletivo e residual o auxílio aos necessitados, coerente com a orientação liberal. Voltou-se atrás no direito ao mínimo de renda, garantidor do direito de viver. Pereira (2002) mostra que alguns pensadores procuraram justificar essa tendência a deixar que os pobres garantissem, sozinhos, a sua sobrevivência. 
- O inglês Robert Owen (1771-1858) foi o iniciador do cooperativismo. 
- O inglês Robert Owen defendeu ideias que deram origem à primeira cooperativa de produção na Europa. Robert Owen não usava o termo “cooperativa” mas “co-operation”, que significa trabalhar junto, em comunidade de produção. 
- Em 1843, a partir das ideias de Owen, surgiu a Rochdale Equitable Pioneer’s Society (Cooperativa dos Probos Pioneiros de Rochdale), quando perto de Manchester (cidade da Inglaterra), na pequena Rochdale (bairro), 27 artesãos e uma artesã (28 tecelões de flanela) se reuniram e decidiram fundar um armazém cooperativo como forma de escapar da ameaça da miséria. A experiência de Rochdale foi um grande laboratório, o início da descoberta das regras sociais de como trabalhar juntos. 
1.3 - Em 1778
- Segundo Getúlio Borges da Silva[3] as Caixas Econômicas têm a sua origem relacionada com o surgimento da chamada economia social ou popular que, por sua vez, resultou da necessidade de criar instrumentos de defesa da população em geral contra a usura.  
- Leciona Segundo Getúlio Borges da Silva, que em uma primeira fase da economia popular, existiram os chamados montes de socorro, fundos financeiros formados por contribuições espontâneas de beneméritos das Igrejas, angariados com o objetivo de conceder empréstimos às pessoas que necessitavam de pequenas quantias para a sobrevivência diária, ou para a compra de mercadorias e utensílios destinados à execução de atividades econômicas mais simples. No entanto, esses recursos se revelaram insuficientes em face da demanda, pois dependiam da generosidade e doações das pessoas mais abastadas. E num segundo estágio deste crédito popular, teriam surgido as caixas econômicas, combinando o propósito da concessão de crédito a juros baixos com a formação de fundos para prover a demanda. Ou seja, as próprias pessoas da comunidade passaram a gerar os recursos necessários para a formação dos fundos, substituindo-se a doação pelo depósito resgatável, originário das pequenas reservas em dinheiro de cada indivíduo. 
- Ainda, segundo Getúlio Borges da Silva, o primeiro projeto de caixa econômica é datado de 1611, e foi elaborado por Frenchman Hugues Delestre, na França, sob o titulo de Le premier plant du Mont de Piété Francois consacré a Dieu.
- A primeira instituição formalmente constituída sob o modelo de caixa econômica foi a Hamburger Allgemeine Versorgungsanstalt, em Hamburgo, na Alemanha, no ano de 1778. 
1.4 - Lei de Chapelier
- A Lei Chapelier, de 1791 (a designação alude ao nome de seu autor, deputado à Assembleia Constituinte francesa reunida de 1789 àquele ano), trata-se de uma norma que aboliu as corporações e associações de classe. 
- Segundo Jean Sammut[4], a mutualidade nasceu da necessidade de solidariedade, fraternidade e igualdade em uma França regida pela Lei Le Chapelier. Na época em que o liberalismo de Napoleão Bonaparte triunfava, homens e mulheres tentaram coletivamente enfrentar as necessidades cotidianas, juntando o pouco que lhes sobrava. Le sou du linceul (O tostão do sudário), uma das primeiras associações conhecidas de auxílio mútuo, tinha como objetivo evitar que os mortos fossem jogados na vala comum sem estarem envoltos em um lençol2. “E nós, pobres, tecelões, sem sudário somos enterrados!”, cantava-se no século XIX. 
- Antes da Lei de Chapelier, as associações operárias para obter autorização de funcionamento – alegavam ter como razão de existência prestar socorro aos doentes e sem trabalho. Mas, na prática, serviam apenas para conceder privilégios as corporações (dirigentes). Com a edição da Lei de Chapelier, as funções de prestar socorro aos doentes, desempregados e sem trabalho, deveria ser exercida pelo Estado (papel assistencial) ao Estado) e, de forma alguma, por parte das associações de classe. 
1.5 - Revolução Francesa
- A Revolução Francesa desferiu um golpe de morte no Antigo Regime, determinando o nascimento do Estado Liberal. Ao derrubar os privilégios de classes e de nascimento - ordem social na qual o Clero e a Nobreza possuíam grande destaque e importância -, e determinar a ascensão da Burguesia ao poder político, acabou instituindo uma sociedade baseada no privilégio do dinheiro. 
- O lema da revolução - Liberdade, Igualdade, Fraternidade -, que foi o grito de guerra dos revolucionários, não passou, em parte, de ilusão. Afinal, como conciliar e como seguir liberdade e fraternidade numa sociedade cuja característica marcante passou a ser a desigualdade econômica? A Revolução Francesa liberou as forças produtivas no país, representadas socialmente pela burguesia e pela classe trabalhadora (camponeses e operários), consolidando e expandindo plenamente o sistema capitalista.
1.6 - A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789
- Em História social dos direitos humanos, José Damião de Lima Trindade[5] chama a atenção, na Declaração de 1789, para a grande ausência da igualdade entre os direitos naturais e imprescritíveis citados no artigo 2º: “Além disso, quando mencionada depois, o foi com certo sentido: os homens são iguaismasem direitos” (artigo 1º), perante a lei (artigo 6º) e perante o fisco (artigo 13). Assim a igualdade de que cuida a Declaração é a igualdade civil (fim da distinção jurídica baseada no status de nascimento). Nenhum propósito de entendê-la ao terreno social, ou de condenar a desigualdade econômica real que aumentavas a olhos vistos no país.” 
1.7 - Em 15.05.1891
- Em 1891, a Igreja manifestou preocupação com o trabalhador diante das contingências futuras. Nos pronunciamentos dos pontífices da época, verificamos especialmente na Encíclica Rerum Novarum, de Leão XIII (1891)[6], a ideia de criação de um sistema de pecúlio ao trabalhador, custeado com parte do salário do mesmo, visando a protegê-lo dos riscos sociais. Além, evidentemente, de uma preocupação bastante grande com as famílias dos trabalhadores, consoante se verifica na citação de parte da mencionada encíclica, in litteris: 
Protecção do trabalho dos operários, das mulheres e das crianças (Rerum Novarum)
...
25. No que diz respeito aos bens naturais e exteriores, primeiro que tudo é um dever da autoridade pública subtrair o pobre operário à desumanidade de ávidos especuladores, que abusam, sem nenhuma descrição, tanto das pessoas como das coisas. Não  é justo nem humano exigir do homem tanto trabalho a ponto de fazer pelo excesso da fadiga embrutecer o espírito e enfraquecer o corpo. 
A actividade do homem, restrita como a sua natureza, tem limites que se não podem ultrapassar. O exercício e o uso aperfeiçoam-na, mas é preciso que de quando em quando se suspenda para dar lugar ao repouso. Não deve, portanto, o trabalho prolongar-se por mais tempo do que as forças permitem. Assim, o número de horas de trabalho diário não deve exceder a força dos trabalhadores, e a quantidade de repouso deve ser proporcionada à qualidade do trabalho, às circunstâncias do tempo e do lugar, à compleição e saúde dos operários. O trabalho, por exemplo, de extrair pedra, ferro, chumbo e outros materiais escondidos debaixo da terra, sendo mais pesado e nocivo à saúde, deve ser compensado com uma duração mais curta. Deve-se também atender às estações, porque não poucas vezes um trabalho que facilmente se suportaria numa estação, noutra é de facto insuportável ou somente se vence com dificuldade.” 
1.8 - Em 1869
- Em 1869, na Alemanha, por meio do Parlamento de Confederação do Norte, o Chanceler Otto Von Bismarck foi convidado  a  desenvolver  um  projeto  de  seguro  para  os trabalhadores em geral. 
- Em 15.07.1883 Otton Von Bismarck, a partir do estudo das bases do sistema de cooperativas, do mutualismo, do seguro privado e do socorro mútuo, criou o seguro-doença-maternidade. 
- Com a criação do seguro-doença, em 1883, o Chanceler Otto Von Bismarck deu o primeiro grande passo que consagrou a previdência social compulsória, inserindo-a no contexto do Direito Público. Além disso, em 06.07.1884 ele criou o seguro-acidente para os trabalhadores (hoje acidente do trabalho) e, mais tarde, em 1889, conseguiu a extensão da seguridade aos velhos e inválidos. 
1.9 - Em Dezembro de 1942
- Em 1941, Sir William Beveridge, Doutor pela Universidade de Oxford, foi escolhido para trabalhar em um projeto de reconstrução social da Inglaterra, durante o período da guerra. Ele foi nomeado presidente do Comitê Interdepartamental do governo inglês, com a missão de elaborar um estudo completo sobre os sistemas de seguros sociais então existentes na Inglaterra. 
- Em Dezembro de 1942, Sir William Beveridge apresentou dois relatórios, um no ano de 1942 e outro em 1944 denominados, respectivamente, Seguro Social e Serviços Conexos e Pleno Emprego em Uma Sociedade Livre. Esses relatórios revolucionaram todas as medidas de proteção social, até então existentes, e fundou as bases do atual conceito de Seguridade Social.
- Sir William Beveridge propôs, por meio dos relatórios Seguro Social e Serviços Conexos e Pleno Emprego em Uma Sociedade Livre, que todas as pessoas em idade de trabalhar deveriam pagar uma contribuição semanal ao Estado. Esse dinheiro seria posteriormente usado como subsídio para doentes, desempregados, reformados e viúvas. Os subsídios deveriam então tornar-se um direito dos cidadãos, em troca de contribuições, em vez de pensões dadas pelo Estado. Segundo Beveridge, este sistema permitiria um nível de vida mínimo, abaixo do qual ninguém deveria viver.
- O relatório Social Insurance and Allied Services (Seguro Social e Serviços Conexos), publicado em 1942, terminou servindo de base à organização do sistema britânico e também, serviu, praticamente, de inspiração para todas as reformas realizadas nos principais países depois da Segunda Guerra mundial. Relatório este, que terminou sendo implantado na Inglaterra através de conjunto de políticas sociais, que foram batizadas de Plano Beveridge. Plano este, o qual se baseava nos seguintes princípios: 
1º) Desconsideração de interesses de grupos; 
2º) Estabelecimentos de problemas-chaves para serem tratados: necessidade, doença, ignorância, carência (desamparo) e desemprego;
3º) O Estado seria responsável pela seguridade social, mediante contribuições dos indivíduos, que seriam revertidas em prol destes e de suas famílias.
- No Plano Beveridge foram fixados 6 (seis) princípios para que o Estado atuasse de forma mais efetiva: 
a) Benefícios adequados; 
b) Benefícios com valores justos; 
c) Contribuições em quotas justas; 
d) Unificação da responsabilidade administrativa; 
e) Acobertamento de necessidades básicas;  
f) Classificação das necessidades.
 
Referência bibliográfica: 
BORGES DA SILVA, Getúlio. Caixas Econômicas: a questão da função social. Rio de Janeiro: Forense, 2004. 
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário. 9ª ed. Florianópolis: Conceito Editorial, 2008. 
IBRAHIM, Fábio Zambitte. Curso de Direito Previdenciário.12ª ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2008. 
GATRELL, V. A. C. Robert Owen: Report to the County of Lanark; A New View of Society.  Middlesex (Reino Unido): Penguin Books, 1970. 
PEREIRA, P. A. Necessidades Humanas: Subsídios à crítica dos mínimos sociais. São Paulo: Cortez, 2006. 
SAMMUT, Jean. Crise do welfare: a filha da solidariedade. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=891 
TRINDADE, José Damião de Lima. História social dos direitos humanos. São Paulo, Petrópolis, 2002.
 


[1] GATRELL, V. A. C. Robert Owen: Report to the County of Lanark; A New View of Society.  Middlesex (Reino Unido): Penguin Books, 1970.
[2] PEREIRA, P. A. Necessidades Humanas: Subsídios à crítica dos mínimos sociais. São Paulo: Cortez, 2006.
[3] BORGES DA SILVA, Getúlio. Caixas Econômicas: a questão da função social. Rio de Janeiro: Forense, 2004.
[4] SAMMUT, Jean. Crise do welfare: a filha da solidariedade. http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=891
[5] TRINDADE, José Damião de Lima. História social dos direitos humanos. São Paulo, Petrópolis, 2002, p.54-5.
[6] http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_15051891_rerum-novarum_po.html.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PETIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE ACORDO TRABALHISTA - ATUALIZADA PELA REFORMA TRABALHISTA E CPC 2015

EXMO.(A) SR.(A) DR.(A) JUIZ(A) DO TRABALHO DA 0ª VARA DO TRABALHO DE _____ – ___. Ref. Proc. nº _________________________ AVISO DE INADIMPLEMENTO DE ACORDO FULANA DE TAL, já devidamente qualificada nos autos da Reclamação Trabalhista, processo em epígrafe, que move contra EMPRESA DE TAL LTDA , também qualificada, por seu procurador advogado, no fim assinado, vem perante Vossa Excelência, informar o NÃO CUMPRIMENTO DE PARTE DO ACORDO ENTABULADO. MM. Juiz, Segundo esta registrado nos autos, no dia 10/08/2017, foi homologado acordo entre a Reclamante e a Reclamada, na audiência de conciliação e julgamento, tendo sido pactuado o seguinte: “ A reclamada EMPRESA DE TAL LTDA pagará ao autor a importância líquida e total de R$ 4.382,00, sendo R$ 730,33, referente à primeira parcela do acordo, até o dia 11/09/2017, e o restante conforme discriminado a seguir: 2ª parcela, no valor de R$ 730,33, até 10/12/2017. 3ª parcela, no valor de R$ 730,33, a

NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL EM FACE DE PREJUÍZOS CAUSADOS POR EDIFICAÇÃO DE PRÉDIO VIZINHO

Imperatriz/MA, 11 Julho de 2008. Ao ILMO. SR. MARCOS DE LA ROCHE Rua Cegal, nº 245, Centro Imperatriz-MA Prezado Senhor, Utilizo-me da presente comunicação, na qualidade de Advogado contratado por MARIA SOARES SILVA , brasileira, divorciada, vendedora, portadora do RG nº 7777777 SSP-MA e do CPF nº 250.250.250-00, residente e domiciliada na Rua Cegal, nº 555, Centro, Imperatriz-MA, como instrumento para NOTIFICAR Vossa Senhoria, no sentido de proceder aos reparos necessários nas paredes da casa, de propriedade da referida senhora, ou proceda ao pagamento correspondente a compra de materiais de construção e mão de obra, cujas notas e valores respectivos seguem anexos, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas , em face do seguinte: 1) Em 2005 Vossa Senhoria adquiriu uma casa, localizada do lado direito da casa da Srª. MARIA SOARES SILVA ; 2) Em janeiro de 2006, Vossa Senhoria derrubou a casa e iniciou a construção de um outro imóvel, cuja edificação termi

MODELO DE PETIÇÃO DE PURGAÇÃO DA MORA - DE ACORDO COM CPC/2015

EXMO(ª). SR.(ª) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA º VARA CÍVEL DA COMARCA DE __________________-MA. Ref. Proc. nº IDENTIFICAÇÃO DA PARTE REQUERIDA, já devidamente qualificado nos autos da Ação de Busca e Apreensão, processo em referência, que fora ajuizada por IDENTIFICAÇÃO DA PARTE REQUERENTE , também qualificada, por seu bastante procurador e advogado, no fim assinado, conforme documento procuratório em anexo (doc.01), com escritório profissional na Rua _______________, nº ____, Centro, Cidade, onde recebe intimações, notificações e avisos de praxe e estilo, vem perante Vossa Excelência, na melhor forma do direito, apresentar PEDIDO DE PURGAÇÃO DA MORA Nos seguintes termos: O Requerido celebrou contrato de consórcio com o banco .... , ora Requerente, visando a aquisição de veículo automotor. Em decorrência do contrato, o Requerido passou a integrar o GRUPO DE CONSÓRCIO nº ........... e, através de contemplação