Segundo publicou o jornal espanhol ABC, no dia 24 de Março de 1921, a sentença original, prolatada por Pôncio Pilatos, referente ao julgamento de Jesus Cristo foi encontrado em 1580, entre os escombros das ruínas de um templo de uma pequena província da cidade italiana de Abruzzo.
Uma cópia desse documento encontra-se no Museo Nacional Deo Prado, localizado na cidade de Madrid, Espanha.
Contudo, existem muitas divergências acerca desse documento, no tocante a sua originalidade, bem como sua autenticidade reconhecida por eruditos no assunto. Todavia, é necessário registrar que, do mesmo modo que não há qualquer confirmação de sua veracidade, também não há nenhuma prova concreta de sua falsidade.
Visto do ponto de vista jurídico, que é o que interessa na presente análise, quanto ao tribunal instalado, estudiosos da História do Direito defendem a tese de que ocorreram vários desacertos jurídicos com relação ao procedimento judicial, constante no texto da sentença, que eles consideram o maior erro judicial da história da humanidade, sendo os seguintes:
1. Julgamento noturno, contrário às leis hebraicas e romanas e não dando ao processo a devida publicidade;
2. Conflito de jurisdição: Quatro (4) juízes no mesmo processo;
3. Falta de autoridade de Anás para interrogar o réu, fora do Sinédrio;
4. Herodes, em Jerusalém, não teria jurisdição sobre aquele julgamento, mas sim na Galiléia;
5. Testemunhas falsas, aliciadas pelos juízes.
Finalizando, abaixo segue a transcrição da reprodução (traduzida para o português) da sentença que condenou Jesus a crucificação. Documento que se encontra acessível no Museo Deo Prado, apenas para pesquisadores, após a obtenção de uma licença especial:
A SENTENÇA DE CRISTO NAZARENO
"No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente, eu, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR.
Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de Deus e Rei de Israel, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém.
Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM.Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.
Testemunhas da nossa sentença: Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL; RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI.Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL; BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO.”
De fato, foi preciso que ele morresse para que a humanidade fosse perdoada de todos os pegados cometidos. A sentença se traduz, no sentido religioso, em um grande mistério, na verdade um grande sacrifício de amor por todos nós.
Comentários